domingo, 16 de dezembro de 2012

Treinamento de Flexibilidade

Nos últimos 10 anos, uma grande quantidade de informações tem sido acumulado sobre o papel e o uso do treinamento de flexibilidade em programas de condicionamento. Diferentes movimentos articulares e tempos de duração podem ser necessários para cada uma das diferentes técnicas de alongamento, assim como diferentes tipos ou combinações de programas de flexibilidade podem ser requeridos dependendo do objetivo específico (FLECK AND KRAEMER, 2006).
Um outra questão de contínuo interesse é se o treinamento de flexibilidade pode reduzir lesões associadas à atividade física. Até o momento, têm sido difícil chegar a essa conclusão devido às dificuldades experimentais. Ultimamente, a inclusão do alongamento não afeta a incidência de lesões relacionadas ao exercício, e alguns autores estabeleceram que o nível de aptidão física pode ser muito mais importante na prevenção de lesões do que a flexibilidade. Johansson e colaboradores (1999) demonstraram que o alongamento pré-exercício não gera nenhum efeito protetor sobre a dor muscular tardia, lesão muscular ou a perda da capacidade de produção de força após um protocolo excêntrico intenso que normalmente induz lesões musculares significativas.
Dessa forma, apesar do alongamento ser um importante estresse do exercício para grande parte das capacidades motoras, ele pode não ser o fator principal na prevenção de lesões.
É válido ressaltar que o treinamento de flexibilidade crônico, ou seja, ótima amplitude articular de movimento (ADM) esse sim, é um importante componente da aptidão física para a prevenção de lesões.
Os protocolos de alongamento podem ser vistos como parte de uma estratégia de aquecimento agudo e também como um tipo de treinamento crônico para aumentar a amplitude do movimento articular.
Aumento crônicos na flexibilidade, são de fato muito importantes, especialmente quando a magnitude das capacidades de movimento impedem o funcionamento normal ou a realização do esporte. O alongamento pode ser realizado em sessão única, na fase de aquecimento, e na fase de volta à calma da sessão de treinamento. Mais é importante estarmos em alerta, pois o alongamento intenso no contexto de todos os aquecimentos pode não ser adequado devido aos efeitos sobre o desempenho físico imediatamente após o alongamento.
Essencialmente, existem quatro tipos básicos de técnicas de alongamento (MOORE E HUTTON, 1980):

  • Alongamento estático
  • Alongamento balístico ou ADM
  • Movimentos lentos
  • Facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP)
Decidir qual técnica empregar em um programa depende da quantidade de tempo disponível para o alongamento, da efetividade da técnica de flexibilidade e da disponibilidade de um auxiliar de treinamento.
O tipo de alongamento mais comum é a técnica de alongamento estático. Essa forma de alongamento requer que o participante relaxe voluntariamente a musculatura enquanto se alonga e mantem o músculo na posição alongada. O movimento é mantido no ponto de menor desconforto. Ele deve ser mantido progressivamente. O alongamento estático ainda é uma das mais apreciadas técnicas utilizadas quando o conforto e o tempo de  treinamento limitados são os principais fatores da implementação do programa de alongamento.
Segundo alguns estudos, realizar a manutenção deste tipo de alongamento de 15 a 30 segundos de 3 a 5 vezes por semana parece ser o ideal.
O alongamento balístico envolve um balanceio ou movimentos de insistência durante o alongamento; a posição final do movimento não é mantida estaticamente. O tecido lesionado e a dor muscular tardia podem estar relacionados com este tipo de exercício de alongamento. O alongamento balístico pode ser mais apropriado como parte de um aquecimento dinâmico após um aquecimento geral e após um tipo estático de alongamento.
Os movimentos lentos contínuos, como a rotação do pescoço, a rotação dos braços e a rotação do tronco, são também um tipo de atividade de alongamento. Esse tipo de técnica de alongamento pode ser mais importante para as atividades de aquecimento do que para alcançar um incremento na flexibilidade.
E por ultimo a técnica de alongamento conhecida como facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), cujo tornou-se popular nos últimos 20 anos como método de aumento da flexibilidade. Diferentes procedimentos têm sido propostos. A base teórica dessa técnica está na ativação voluntária do músculo agonista, que fornece ativação neural resultando em inibição recíproca do músculo antagonista (Órgãos tendinosos de Golgi), permitindo assim, maior amplitude de movimento.
Moore e Hutton (1980) estudaram as diferentes técnicas de FNP e observaram que não se mostram superiores ao alongamento estático em todos os estudos. Cada técnica é capaz de aumentar a flexibilidade em determinados segmentos articulares. Dessa forma, os indivíduos devem aprender as técnicas, que podem ser utilizadas em diferentes contextos (FLECK AND KRAEMER, 2006).



terça-feira, 6 de novembro de 2012

BIOENERGÉTICA


A Bioenergética compreende as fontes de energia para a atividade muscular. Há duas fontes principais para a produção de anaeróbia de energia (sistema da fosfocreatina e glicólise anaeróbia) e uma fonte para produção aeróbia de energia (fosforilação oxidativa), podendo esta ser por metabolismo aeróbio de glicose ou de gorduras. O conhecimento a respeito dessas fontes de energéticas e suas interações entre si é necessário para o sucesso do planejamento de um programa de treinamento de força que irá otimizar o condicionamento físico de um indivíduo para um esporte ou atividade física em geral (FLECK and KRAEMER, 2006).

FOSFOCREATINA
A ATP e a fosfocreatina (PC) estão disponíveis para uso imediato, sendo armazenadas dentro do músculo. São dois componentes que quimicamente trabalham juntos, permitindo ao músculo rápida disponibilidade de energia.
Quando a ATP é quebrada em ADP + Pi, energia é liberada para utilização na produção de ações musculares. Entretanto, quando a PC é quebrada em creatina e Pi, a energia resultante é utilizada para recombinar a ADP e a Pi, ressintetizando a ATP. A ressíntese de ATP pode então, ser quebrada e novas energias liberadas para a realização de ações musculares. Entretanto, são pequenos os estoques intramusculares de energia ATP e PC; isso limita a quantidade de energia que ATP-PC pode produzir. A vantagem dessa fonte de energia é que ela está imediatamente disponível para utilização, e tem grande capacidade de potência, sendo capaz de fornecer ao músculo grande quantidade de energia por segundo.
O sucesso da suplementação de creatina nas atividades explosivas repetidas também reforça a importância dessa fonte de energia (VOLEK et al., 1999).

GLICÓLISE ANAERÓBIA
A quebra do ácido láctico no músculo a lactato e os íons de hidrogênio que estão associados a isso aumentam as concentrações desses componentes no sangue e no músculo, podendo causar fadiga, reduzindo assim a força que o músculo é capaz de produzir. A quebra do ácido láctico faz com que o nível ácido se eleve no corpo, acompanhado de queda do pH.
O glicogênio, um carboidrato, é uma longa cadeia de moléculas de glicose que por sua vez é estocado dentro do músculo. A energia necessária para produzir ATP é derivada da clivagem das moléculas de glicose em duas partes que irão gerar moléculas de piruvato, havendo assim liberação de energia. A energia liberada pela quebra da glicose resulta na produção de duas ATPs. O piruvato é, então convertido a ácido láctico. Como o oxigênio não é requerido para que o processo ocorra, esse é um sistema anaeróbio.
A fonte de energia do ácido láctico (glicólise anaeróbia) é o mecanismo principal para o fornecimento de ATP nos períodos de exercício que têm duração de aproximadamente 1 a 3 minutos, sessões de exercício que incluem séries de alta intensidade com 10RM a 12RM e intervalos de recuperação curtos, e corridas de 400m (KRAEMER et al., 1989).

FONTE DE ENERGIA PELO OXIGÊNIO
O maior objetivo da corrida, da natação e da dança aeróbia é aumentar o condicionamento cardiovascular, o qual é análogo a elevar a fosforilação oxidativa. Essa fonte de energia utiliza o oxigênio na produção de ATP.
O sistema de fosforilação oxidativa pode metabolizar carboidratos (açucares) e gorduras. Em repouso o corpo geralmente produz um terço (1/3) da necessidade de ATP pela metabolização de carboidratos e dois terços (2/3) a partir das gorduras. Durante o exercício, há uma mudança gradual que aumenta a metabolização de carboidratos e diminui a de gorduras à medida que a intensidade aumenta.
O metabolismo aeróbio do carboidrato (glicogênio) inicia-se da mesma forma que na glicólise anaeróbia. Entretanto, nesta via, devido a presença de quantidade suficiente de oxigênio, o piruvato entra em duas longas séries de reações químicas denominadas ciclo de Krebs e cadeia de transporte de elétrons. Trinta e oito (38) moléculas de ATP podem ser produzidas pelo metabolismo aeróbio de uma molécula de glicose.
O metabolismo aeróbio das gorduras não se inicia com a glicólise, uma vez que as gorduras passam por uma série de reações chamadas de beta-oxidação e, então, entram direto no ciclo de Krebs.
O sistema aeróbio não é capaz de produzir uma quantidade de ATP por segundo que permita a realização do exercício em intensidade máxima. No entanto, a fonte de energia aeróbia pode fornecer quantidade ilimitada de ATP durante longos períodos de tempo, devido ao fato de os conteúdos de glicogênio e gorduras serem abundantes, e ainda, por não haverem formação de produtos que possam inibir o desempenho.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

COMPROMETIMENTO E RESULTADOS 2011

Alguns frutos de um sistema de treinamento bem aplicado

 Lembrete: é importante ressaltar que os seus resultados dependem estritamente das mudanças de seus hábitos alimentares e de sua regularidade nos treinos


O aluno Frederico Borges (Empresário), participa há 2 anos e 5 meses, de um trabalho sistematizado e periodizado. Basicamente as capacidades físicas desenvolvidas são força máxima, força de resistência e capacidade aeróbia.


 Há 11 meses o aluno Gustavo Gomes (advogado), iniciou o treinamento privado. As capacídades físicas solicitadas foram força de resistência, força máxima (intensidades 65-80% 1RM), e capacidade aeróbia.
O aluno faz o treino privado 2x na semana, cumprindo mais 3x na semana uma planilha de treino disposta.





 Rosimeire Gomes Nunes (Empresária), há 1 ano participa do treinamento privado. Basicamente as capacidades físicas solicitadas são: força de resistência sobre método funcional, força máxima (intensidades 65-75% 1RM), e capacidade aeróbia. A aluna treina 2x na semana sob o meu acompanhamento, e 3x na semana sozinha sob uma planilha de treino disponível.





 A aluna Neide Maria  é um exemplo de disposição e determinação. Todos alunos merecem um reconhecimento enorme, pelos caminhos percorridos. Hoje volto a atenção a esta senhora de 55 anos.
3 anos de treinamento privado, muita disciplina, e energia disponível. Basicamente as capacidades físicas desenvolvidas foram força de resistência, força máxima (intensidades 65-75%), e capacidade aeróbia (corredora nas distâncias de 5 e 8km).